Historias Sobre Mim nº 2

Bom dia, esta é a segunda postagem dessa nova série de post e também a primeira do ano de 2011.


Bom dessa vez a historia é mais antiga e não é muito engraçada [risos]...



"O Quarteto Fantástico"


O ano era 2004, ano das olimpíadas de Atenas [que não tem nada haver com a historia]. Eu morava em um bairro chamado Vila Mariana. Na rua aonde eu morava andava com meu primo Tayller que tinha 10 anos naquela época, o primo dele que não tem parentesco nenhum comigo, Alector que tinha 9 anos e tinha pouco tempo que o Lucas tinha mudado para aquela rua e andava com a gente também, ele devia ter algo entre 7 ou 8 anos... não me lembro.
Como éramos bastante novos, não tinhamos tantas preocupações, então tínhamos o dia todo livre praticamente [apesar que todos estudávamos e o Lucas ainda era em escola particular]. Ele tinha uma irmã, a Janaína.. que.. [melhor mudar de assunto.. risos]
Eu creio que na cabeça do pai de Lucas não éramos uma boa companhia para o filho dele, e naquela época para falar a verdade, NÃO ÉRAMOS MESMO. Sempre arranjavamos confusões e quem sempre levava a culpa era ele. Apesar que eu mesmo não andava muito com eles nessa época, eu tava em outras "fitas"...
Mas entrando na historia, houve um dia pela manhã que estavamos contando sonhos [coisas que todos garotos da rua faziam... loucos né...], aí surgiu uma ideia de formar a um grupo de super herois e tals.. coisas de meninos...
Então cada um correu para sua casa e criou a sua roupa. Para minha total humilhação irei contar como estava vestido: Uma toca de meia calça que eu fiz dois buracos nela, uma calça que nem pra dormir eu usava, "catei" o primeiro tênis que eu vi pela frente, coloquei um casaco, camiseta, peguei uma corda e lancei no meu corpo e tinha um motor de alguma coisa que tinhamos desmontado e tinhamos arrancado algumas lâminas dela. Tudo pronto, quatro garotos vestidos achando que eram os tais... [risos]. Eu era mais louquinho naquela época do que hoje...
Então fomos para a rua de baixo e decretamos que eramos donos da rua... Então estavamos lá combatendo todo o mal e lutando pela justiça, ordem e paz.. [quem vê até pensa], quando vem descendo a rua um vectra em uma cor meio azul, meio preto e eu dei a ideia para jogar uma pedra nele, porque ele estava invadindo nosso terriotório, então nosso soldado mais fiel [e burro tambem.. risos] Lucas pega a primeira pedra que ele vê, isso que a pedra dava duas mãos deles e mais um pouco, joga na frente do carro..
Quando a pedra acertou a lataria da frente quebrando algo, o cara do carro fez igual aos filmes americanos, freiou bruscamente, e deu uma ré antológica, quando vimos isso, "gaiatos" que eramos, corremos em direção a uma escola que ficava lá perto com o nome de CAIC, conseguimos escapar, tudo bem e páá... Olhando de longe, e vimos o "barriga verde" do Lucas, correndo para sua casa e o rapaz do vectra atráz... Hum... NUM VAI DAR NADA QUE PRESTA...
O cara desceu e já entrou na casa do Lucas.. Mais ou menos uns 35 ou 37 minutos depois, ele sai de lá, pega o carro e some no mundo.
Como não tínhamos [e até hoje não temos] vergonha na cara, fomos lá chamar o Lucas, tipo 10 minutos depois disso, para brincar. Ele sai na porta todo vermelho [ele era branco... mas bota branco nisso] com os olhos inchados e vermelhos lacrimejando sem cessar... [oh.. gente.. risos] dizendo assim: MEU PAI ME BATEU, E EU ESTOU DE CASTIGO..
Não vou mentir para vocês, nós rimos tanto que até choramos, mas depois pedimos desculpas a ele e ao pai dele [pelo menos eu acho né]
Depois disso, nunca mais quisemos brincar de super herois... E tambem porque eu estava em outros caminhos e fazia outras coisas.. e infelizmente levei os meninos para o mesmo...
Já o Lucas, alguns meses depois, na verdade, pouco tempo depois ele se mudou.. Alguns anos depois eu o vi e a Janaína também...
O pai dele, acho que nunca gostou de mim, mas naquela época eu num era uma flor que se cheire mesmo [choro]... [risos]...
Mas importante que aprendemos ali, é que, quando rimos muito sem parar, a barriga doe demais...[risos]
Ah! também que não pode jogar pedras em carros quando estamos perto de casa [mais risos]

Obs: Eu nunca fiquei sabendo se o pai do Lucas pagou o concerto do carro...

^^

No futuro contarei outra historia em que envolve o Lucas e principalmente o pai dele.. Acho que ele pode ser comparado ao senhor Wilson do pimentinha... [risos]