segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Como Era ...

Como era bom fazer dancinhas de programas televisivos na rua, quando as pessoas não sabiam do que se tratava. Como era bom usar o Orkut para navegar por outros mares, descobrindo universos através de um click.



Como era bom brincar nas ruas sem que os nossos pais desesperassem com medo de um sequestro. Enquanto sumíamos pelo mundo, apenas brincando sem se importar com o resto...
Como era bom ter medo do "homem do saco", e fugir para casa sempre que víamos algum andarilho na nossa rua. Adorávamos caminhar pela cidade sem preocupar com assaltos, observando a vida seguir o seu curso.
Eu já andei com um amigo virando noites com um violão e um caderno para escrevermos músicas para descobrir o mundo...


Ahhh doces lembranças, amargas lembranças...



Como era bom apanhar da minha mãe, me corrigindo (de modo severo? pode ser) para que eu me tornasse alguém com caráter, cidadão e que cumprisse as leis dos homens e a lei de Deus.
Como era bom arrancar a "tampa" dos dedos jogando futebol, cair, arranhar e sangrar brincando na rua. Foi assim que conheci novas pessoas, aprendi a me comunicar, fiz amizades, tive vivências...
Adoro tecnologia, celulares, Apple, computadores, Smarts, tablets, jogos, mas nada substitui uma infância bem vivida na rua com vizinhos, amigos e colegas de sala.

Como era bom acordar cedo e correr na casa de um amigo contando o que tinha sonhado, sobre os planos para o dia e ouvir outras histórias.
O tempo não perdoa, mas a atitude dos homens também não. As pessoas não tem tempo para se divertirem ou criarem laços com outras pessoas.



As crianças não vão para as ruas, ficam escondidas nos computadores em casa assistindo o caos do mundo. Assim que começam a andar já perdem sua inocência, fruto do contemporâneo.
Como era bom as viagens com os amigos e a dificuldade em juntar R$ 3,50 para comprar um refrigerante de 2 litros para dividir por 5, 6, 7, 8 amigos, mas éramos as pessoas mais felizes do mundo. O que nos tornamos? O que o dinheiro nos trouxe?

A atual geração, as próximas, quais serão as suas chances?
O que o futuro doentio nos reserva?








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