sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Pardáis e Sabiás
Teu canto faz-me lembrar
Dos mais belos vôos que fiz
Dos sonhos deixados para trás
E daqueles momentos que jamais esquecerei
Não deixarás de ouvir a minha melodia
A minha voz é o coro da natureza
A limpidez do ar e a delicadeza do céu, oh paraíso
Não murmurarei um instante dessa vida sinuosa
Se pensares que não haverá razão naquilo que creres
Então não haverá motivos concretos para viver sem acreditar
A doce poesia do querer e do saber indicando onde deverás recostar
Transformando a cinza existência em um coro colorido
Ah vida boa, céu azul
Que verde mar, água boa para refrescar
Voaremos sem destino aparente
Sem ter onde pousar
Sentiremos os pingos da chuva em nossas ásas
Cantaremos em dueto nos jardins do paraíso
Ou voaremos até quando não conseguirmos aguentar
Podemos ser o que nossas almas anseiam
Mas peço, não me esqueças nessa gaiola
Para não sonhar com o que nunca mais terei.
Escrevi essa poesia em 20/09/2017
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